Ebitda: o que é, para que serve e como calcular?

O EBITDA, um dos principais indicadores utilizados na análise de empresas, ganha espaço nas discussões de investidores e analistas financeiros. E se você está de olho no mercado de investimentos, também já ouviu falar dessa sigla, certo?

Mas o que é EBITDA e para que ele serve? Como calcular esse indicador? Por que ele é tão importante para as empresas?

Apesar da complexidade técnica do tema, vamos esclarecer suas dúvidas respondendo a estas e outras perguntas neste post. Siga a leitura e confira.

EBITDA: o que é e qual a sua função?

A sigla EBITDA vem do inglês Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que, em português, quer dizer lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

No Brasil, esse indicador financeiro também é conhecido como LAJIDA, ou seja, Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.

O EBITDA mostra o resultado de caixa operacional de uma empresa, sendo muito utilizado pelas instituições de capital aberto, em operações de fusão ou aquisição e pelos analistas de mercado. Também é um indicador global utilizado para avaliar empresas que estão na bolsa de valores.

Um importante aspecto a ser considerado para a utilização do EBITDA está no padrão de comparação entre resultados de empresas de países diferentes, pois a legislação da tributação sobre a renda varia de um lugar para o outro.

Neste caso, o EBITDA mostra o resultado do negócio antes de aplicar a tributação sobre a renda e permite que cada um use a regra de imposto praticada no próprio país.

Apesar de não ser obrigatória, muitas organizações divulgam periodicamente esses indicadores em relatórios financeiros, dando transparência às suas operações. Operadoras financeiras também acompanham e incluem informações relacionadas ao EBITDA para conhecimento dos investidores.

Como calcular o EBITDA

Esse indicador exclui alguns custos que não estão envolvidos com o negócio central da empresa.

O EBITDA se refere ao lucro antes de descontar os juros (despesas financeiras), os impostos (Imposto de Renda e a contribuição social sobre o lucro líquido), a depreciação e amortização.

Ou seja, ele não considera os efeitos das despesas financeiras, os impostos, a depreciação e a amortização pelo simples fato de eles não serem caixa.

Por focar apenas na atividade operacional, ele não considera efeitos financeiros que não sejam recorrentes, como pagamento e recebimento de juros ou a obtenção de um benefício fiscal temporário.

Os dados para o cálculo do EBITDA estão representados na Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), um relatório, previsto em lei, que detalha as operações financeiras realizadas em determinado período.

Em posse dele, os analistas usam uma fórmula bem simples para cálculo do indicador.

Na primeira etapa calcula-se o EBIT (lucro operacional líquido).

Receita líquida de vendas (-) custo dos produtos vendidos (-) despesas operacionais = lucro operacional líquido.

Na etapa seguinte será calculado o EBITDA = lucro operacional líquido + depreciações + amortizações.

Entenda que o EBITDA procura refletir a geração de caixa efetivo do negócio. Por isso, a fórmula do cálculo adiciona o valor da depreciação de volta ao EBIT. E faz o mesmo com a amortização, que representa a redução gradativa de um ativo intangível, como marcas e patentes, por exemplo.

 EBITDA e EBIT: qual a diferença?

Como já dissemos, o EBIT é o lucro operacional calculado antes do EBITDA e não representa a geração de caixa da empresa.

Esse cálculo é referente ao lucro contábil obtido com as atividades do negócio em si, sem considerar ganhos ou despesas.

Então, o EBIT ou lucro operacional é o resultado contábil obtido através das atividades principais da empresa.

Já o EBITDA representa o cálculo da geração de caixa operacional da organização e, de todo modo, não deve ser analisado isoladamente.

Um conjunto de indicadores deve ser considerado (receita, despesas, endividamento e o lucro, por exemplo). Com base nessa combinação, os múltiplos calculados entre eles dão uma visão mais assertiva da real situação do negócio, mostrando se ele é ou não um bom investimento.

O que é considerado um bom EBITDA?

Essa análise não é tão simples, já que o desempenho financeiro de uma organização é composto por diversas variáveis de despesas e receitas.

Na prática, como já dissemos, o EBITDA funciona como uma métrica de geração de caixa operacional para saber quanto de dinheiro é gerado com a atividade central da empresa.

Quando o cálculo fica acima de zero, significa que o EBITDA está positivo e que o negócio é lucrativo, capaz de gerar caixa sem depender de outras operações financeiras.

Por conta de impostos (opção tributária do negócio), empréstimos entre outros, ele pode ficar negativo. Se isso acontecer, talvez seja o caso de revisar a situação e criar um planejamento tributário ou rever o endividamento por empréstimos, por exemplo.

O ideal é que sejam feitas análises periódicas, comparando os relatórios atuais com os dos anos anteriores para saber se o EBITDA aumentou ou diminuiu. Essa análise pode dar embasamento para tomadas de decisões estratégicas.

É válido também observar o desempenho do EBITDA de empresas do mesmo segmento.

O que é EBITDA ajustado?

Houve um tempo em que a metodologia para o cálculo do EBITDA não era uniformizada. Essa mudança só aconteceu em 2012, quando a Comissão de Valores Imobiliários (CVM) fez a uniformização para as empresas abertas no Brasil.

Apesar disso, ainda é permitido que as organizações divulguem o EBITDA da forma tradicional, retirando ou adicionando determinados valores do cálculo.

Neste caso, será um EBITDA “ajustado”, que pode gerar ou ocultar diferenças importantes na conta e dificultar comparações entre as empresas.

Por que o EBITDA é importante para as empresas?

A natureza desse indicador é pura, pois impede manobras contábeis que alteram os resultados na geração de caixa operacional. Isso faz do EBITDA um indicador de análise quase obrigatória pelos analistas interessados nas ações de algumas organizações, por exemplo.

Com ele é possível fazer uma avaliação mais precisa das condições financeiras de um negócio, seu desempenho de mercado e econômico, além do panorama futuro. Se a empresa vai bem, é possível que ela consiga realizar transações bem-sucedidas, como negociar suas ações, por exemplo.

Do ponto de vista organizacional, é importante demonstrar a sua eficiência mercadológica e capacidade de geração de caixa operacional para atrair novos investidores.

No mercado, sai ganhando quem consegue aplicar as técnicas corretas que resultam na valorização da empresa, ampliando os negócios e, consequentemente, prosperar e obter maiores lucros.

Conclusão

O EBITDA, esse importante indicador nas transações e análises financeiras de uma empresa, está intimamente relacionado ao patrimônio líquido da organização.

Os impactos e influências do EBITDA são fundamentais para que os dirigentes tomem decisões assertivas em situações normais ou de crises. Com ele, é possível ter maior consciência nos processos de avaliação financeira da sua empresa.

Esperamos que este conteúdo tenha esclarecido pontos importantes sobre o EBITDA, já que ele impacta diretamente no sucesso do seu negócio e do seu patrimônio. Aproveite e leia também: Seguro Patrimonial: por que ele é tão importante para as empresas?

Até a próxima!

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